terça-feira, 26 de novembro de 2019

Governo não repassa dinheiro destinado por 42 deputados para o Hospital Aldenora Bello


A Fundação Antônio Jorge Dino, mantenedora do Hospital Aldenora Bello, referência no tratamento de câncer no Maranhão, aguarda até hoje o governador Flávio Dino fazer a transferência das emendas coletivas dos deputados estaduais aprovadas no dia 24 de outubro passado para ajudar no pagamento de fornecedores. O dinheiro, no total, é da ordem de R$ 4,2 milhões.



Sensibilizados com a situação do hospital, que enfrenta problemas com sua manutenção, 42 deputados se reuniram e decidiram enviar dos recursos de suas emendas parlamentares  R$ 100 mil cada um, totalizando os R$ 4,2 milhões. À época, o governo fingiu que concordou, mas não transferiu nenhum centavo para a Fundação Antônio Jorge Dino.
Imaginando que o dinheiro havia sido transferido, credores começaram a cobrar da fundação seus pagamentos, tendo alguns até suspendido o fornecimento. Os deputados, embora tenham cumprido com a palavra, não cobram do governo que faça a sua parte.


Grupo Beneficente, Recreativo e Cultural Vovô de Coração faz doação ao Hospital Aldenora Bello


Neste ultimo dia 07/11 às 08:00 horas da manhã, foram entregues na casa de passagem do Hospital Aldenora Bello, em São Luis, Maranhão, para coordenação do referido hospital, referencia para o tratamento de câncer em nosso estado, 500 kg de alimentos. Os alimentos foram arrecadados por ocasião da passagem de ano da senhora Gilma Maria Oliveira Silva, esposa do saudoso e fundador do Grupo Vovô de Coração, Eduardo Luiz da Silva. 




Entidade sem fins lucrativos, o Grupo Beneficente, Recreativo e Cultural Vovô de Coração, que tem seu foco de atuação o município de Chapadinha e tem como publico alvo crianças, jovens, adolescentes e idosos. A entrega dos alimentos foram feitas por Maria Betânia AroeiraFrancisco Guimarãess e Saldanha Monteiro que representaram o Grupo Beneficente, Recreativo e Cultural Vovô de Coração.



Por Eduardo Segundo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Dia das crianças no Povoado Lago Limpo, Lago Verde





A ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DESPORTIVA  E CULTURAL JOAQUIM  PINTO  DE OLIVEIRA, DE LAGO VERDE, MARANHÃO, REALIZOU NESTE ULTIMO DIA 12 DE OUTUBRO, NO POVOADO  LAGO LIMPO  UM BELA AÇÃO COM AS CRIANÇAS DA REGIÃO. O EVENTO CONTOU COM CERCA DE 200 CRIANÇAS, ONDE, ALÉM DE BRINCADEIRAS, FORAM FEITAS RODAS DE LEITURAS, DISTRIBUIÇÃO DE BRINQUEDOS.

FOI SERVIDO UM RICO E FRUGAL LANCHE AOS PEQUENINHOS, REGADO A SUCOS DE FRUTAS, BOLOS, SANDUÍCHES, PIPOCAS, CACHORROS-QUENTES DA ÉPOCA E MUITO BOM HUMOR POR PARTE DA EQUIPE DE VOLUNTÁRIOS FORMADA POR: DONA LÚ, DONA  CLÁUDIA, DONA MIÚDA, DONA  JOSELINA, DONA RAFAELA E DONA ANDRÉIA.



PARABÉNS AO ANFITRIÃO CHICO  PILINO.




Por: Eduardo Segundo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O PROGRAMA CULTURA VIVA NO ESTADO DO MARANHÃO



A Política Nacional de Cultura Viva foi criada em 2004, sendo que em 2014 houve a sua normatização. Tal programa foi criado para garantir a ampliação do acesso da população aos meios de produção, circulação e fruição cultural a partir do então Ministério da Cultura em parceria com governos estaduais, municipais e por instituições como escolas e universidades.
Tornou-se uma das políticas culturais com mais capilaridade e visibilidade do Ministério da Cultura presentes nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, além de cerca de mil municípios, promovendo os mais diversos segmentos da cultura brasileira. 
Atualmente, atende iniciativas dos mais diversos segmentos da cultura: cultura de base comunitária, com ampla incidência no segmento da juventude; Pontos de Cultura Indígenas; Quilombolas de Matriz Africana; Produção cultural urbana, a cultura popular, abrangendo todos os tipos de linguagem artística e cultural.
Desde 2004 já foram implementados 4.500 Pontos de Cultura em todo o país. Até 2020 a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/SCDC pretende fomentar mais 10.500 Pontos de Cultura para atingir a meta prevista no Plano Nacional de Cultura de 15 mil pontos em funcionamento.
A Lei Cultura Viva foi o resultado de um intenso processo de escuta e participação social, que envolveu os Pontos de Cultura[1], parlamentares, gestores estaduais e municipais, universidades e órgãos de controle. Foram propostos dois novos instrumentos de gestão da política, uma reivindicação histórica dos Pontos: a autodeclararão dos Pontos de Cultura, por meio do Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura[2], e o Termo de Compromisso Cultural (TCC).
Em 22 de julho de 2014, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 13.018, que institui a Política Nacional de Cultura Viva, simplificando e desburocratizando os processos de prestação de contas e o repasse de recursos para as organizações da sociedade civil.
No Maranhão, somente em 2008 se deu inicio ao trabalho de incentivo e sensibilização junto às comunidades a aderirem ao Programa Cultura Viva. Foram celebrados através de editais 55 (cinquenta e cinco) contratos de convênios de Pontos de Cultura na capital e no interior do estado, sendo 29 em São Luís e 26 nos municípios que manifestaram interesse e se habilitaram para concorrer no Edital do Certame.
Dentre os principais beneficiários e protagonistas do Programa Cultura Viva estão a juventude e os grupos tradicionais, alcançando a produção cultural que vem das periferias e do interior do Estado, passando da cultura digital às tradições dos povos indígenas.


Em conformidade com a Proposta do Plano de Governo do Governador Flavio Dino[3], em 2014, uma das metas prioritárias (meta 55), seria expandir para todas as regiões maranhenses o Programa Cultura Viva, incentivando a criação de Pontos e Pontões de Cultura e assegurando apoio financeiro e técnico aos grupos culturais e/ou coletivos culturais. Uma das primeiras medidas anunciadas pelo Governador no inicio de sua gestão, objetivava levar o Programa de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura, a todas as regiões do estado, buscando ter na politica, instrumento que visa priorizar o desenvolvimento das regiões, em especial, atendendo às populações mais necessitadas do Maranhão, constituindo-se também em inovadora tecnologia social. Assim sendo, o programa se constitui como um movimento que se amplia e aprofunda, agregando mais e mais setores do poder público e da sociedade civil na direção de ações territoriais planejadas. A Secretaria de Estado da Cultura, através da Gestão do Programa Cultura Viva, vem propondo a criação de redes municipais de pontões e/ou pontos  de cultura, através do incentivo à Autodeclaração na plataforma Rede Cultura Viva,  do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC).
Programa Cultura Viva objetiva:
·      Ampliar a Rede Estadual de Pontos de Cultura;
·      Criar rede estadual de Pontos e pontões de cultura;
·      Garantir o pleno exercício dos direitos culturais aos cidadãos maranhenses, dispondo-lhes os meios e insumos necessários para produzir, registrar, gerir e difundir iniciativas culturais; 
·      Promover uma gestão pública compartilhada e participativa, amparada em mecanismos democráticos de diálogo com a sociedade civil; 
·      Consolidar os princípios da participação social nas políticas culturais; 
·      Garantir o respeito à cultura como direito de cidadania e à diversidade cultural como expressão simbólica e como atividade econômica; 
·      Potencializar iniciativas culturais, visando à construção de novos valores de cooperação e solidariedade, e ampliar instrumentos de educação com educação; 
Estimular a exploração, o uso e a apropriação dos códigos, linguagens artísticas e espaços públicos e privados disponibilizados para a ação cultural.


DATA
MUNICÍPIOS
PONTOS DE CULTURA
AUTO DECLARADOS
TOTAL
2015
26 + Capital
55
-
55
2019*
32 Regiões
213
60
273





* P.S: Atualmente há 213 Ponto de Cultura chancelados pelo Programa Cultura Viva em todo o Estado, além de 60 autodeclarados pela última caravana cuja avaliação está a cargo da Secretaria Especial da Cultura. Por se tratar de autodeclaração o Ministério da Cidadania administra a Plataforma, logo não há como mensurar exatamente o número exato de pontos, porém já foi feita solicitação para atualização de nosso banco de dados.



[1] - É a entidade cultural ou coletiva cultural certificado pelo Ministério da Cultura.
[2] - São entidades de natureza e finalidade cultural que se destinam à mobilização, à troca de experiências, ao desenvolvimento de ações conjuntas com governos locais e à articulação entre os diferentes Pontos de Cultura. Podem agrupar-se em nível estadual e/ou regional ou por áreas temáticas de interesse comum.


quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Ritual da Morte do Boi Rosa de Saron


CONVITE 


                       

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DO CAPRICHO BOM JESUS


A Associação Cultural e Recreativa Capricho Bom Jesus é uma Instituição Juridica de Direito Privado sem Fins Lucrativos, constituída em 06 de janeiro de 2002 e formalizando em 30 de abril de 2002 com  o CNPJ nº 05.087.217/0001-02, com a finalidade de desenvolver atividades sociais, educacionais, esportivas e culturais, e para prover, manter e preservar as brincadeiras e manifestações da cultura popular.

A associação apresenta-se em diversos segmentos da cultura popular.
A Associação apresenta-se em diversos segmentos da cultura popular maranhense, congrega 120 integrantes no Bumba-meu-boi, Tambor de Crioula e Festa do Divino Espirito Santo. E um instrumento cultural e social importante no bairro que apresenta muitas dificuldades e desigualdades econômicas e sociais.

O conjunto complexo e heterogêneo das manifestações culturais maranhenses que a Associação vivencia no bairro Coroadinho pode ser assim destacado: O bumba-meu-boi, o Tambor de Crioula e festas e danças populares (como a festa do Divino Espirito Santo).
Deste modo, a Associação Cultural e Recreativa Capricho Bom Jesus desenvolve um importante trabalho social e de resgate da cidadania, envolvendo jovens e adultos da comunidade carente do bairro Coroadinho, utilizando a tradição e os saberes de suas manifestações da cultura popular. Sendo reconhecida como de Utilidade Pública pela Lei Nº 8.893 de 25 de novembro de 2008.


















Por: Eduardo Segundo.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Iguaíba: Ontem, hoje e sempre...

Foto de arquivo (2013)

Iguaíba se trata uma comunidade pacata e hospitaleira  pertencente ao Município de Paço do Lumiar, no estado do Maranhão. Teve sua origem no cruzamento étnico do Caboclo Escravo e do Índio. Tem como meio de subsistência a lavoura (horticultura), a pesca e o comercio informal (quitandas).

O Boi de Iguaíba é uma brincadeira folclórica que data de 1852, que nasceu no povoado Mojó e migrou para o povoado de Iguaíba, se formalizando em 23 de fevereiro de 1988.


Um pouco da historia da brincadeira

Foto de arquivo (2013)

Como todo ser humano necessita de trabalho e lazer, o inicio da brincadeira do Boi de Iguaíba, se dá nos finais de semana, em noites de lua cheia quando vários moradores (parentes, amigos, irmãos) se reuniam para brincar o Boi, Tirar toadas, dizer versos e ladainhas. Sabe-se que nessa época cultivavam cheiro verde , tomate, mandioca milho, macaxeira.

O auto do bumba boi era interpretado pelos moradores do povoado, encenando os variados personagens (o Boi propriamente dito, Catirina, Índios, Índias, Vaqueiros, Cazumbás, dentre outros). O Boi era confeccionado com Cofo de palha de Babaçu e os cabeça e chifre de pau (madeira). O miolo (brincante que baila debaixo do Boi) era trocado entre eles, não tinha um fixo. Lampiões de querosene: colocados na ponta de uma vara para facilitar a claridade nas noites escuras. Os instrumentos eram basicamente tudo que emitia som:  dois pedaços de madeira, hoje matraca, garrafa com algum pedaço de pau ou vergalhão, batida em caixas de madeira que fazia as vezes de tambor e etc. 
Foto de arquivo (2013)


Entretanto, o que realmente marca o inicio do bumba boi data de 1852, quando se realizou o primeiro evento em pagamento de uma promessa pela saúde de um pescador cujo nome era João Pedro (sobrenome desconhecido), que saindo para verter água nas primeiras horas da madrugada recebeu uma pancada de vento e estupurou, acometido por um ataque que hoje cientificamente chama-se de trombose, e sua filha Damiana, prometeu ao glorioso São João que se o pai ficasse bom ele pagaria a promessa brincando e fazendo um Boi para São João. Dois anos depois ele passou a andar normalmente e voltou a sua atividade de pescador e aí foi pagar a promessa da sua filha.
Foto de arquivo (2013)
Na atualidade, o Boi de Iguaíba conta com uma bela sede e tem cerca de 350 (trezentos e cinquenta) brincantes e desenvolve além das apresentações culturais, trabalhos sociais junto da comunidade.








No Boi de Iguaíba tem gente que faz, parabéns senhora Maria de Jesus Ferreira Gomes. 


Por: Eduardo Segundo

terça-feira, 14 de maio de 2019

Edital de Convocação




EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO DO GRUPO BENEFICENTE RECREATIVO E CULTURAL VOVÔ DE CORAÇÃO/GVC, APROVAÇÃO DE ESTATUTO E ELEIÇÃO DA PRIMEIRA DIRETORIA A REALIZADA EM 11/05/2019


Ficam convocados todos os interessados, nos termos do artigo 53, “caput”, da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 20102, (Código Civil Brasileiro), para a realização da Assembléia Geral de Constituição de Associação, aprovação de Estatuto e Eleição da Primeira Diretoria a realizar-se no próximo dia 11/05/2019, na cidade de Chapadinha, àRua Sebastiao Archer, 1970, bairro São José, estado do Maranhão.
A convocação dar-se-á às 16h30 do dia mencionado, onde instalar-se-á a Assembléia para deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA:
1º) constituição do GRUPO BENEFICENTE RECREATIVO E CULTURAL VOVÔ DE CORAÇÃO/GVC;
2º) apreciação e aprovação de Estatuto Social;
3º) eleição para dirigentes da associação;
4º) e a definição da sede provisória
O presente Edital de Convocação será publicado em mídia eletrônica (blog, face,etc.), jornal local ou regional, ou local publico de fácil acesso.

Chapadinha/MA, 29 de abril de2019

Maria Betânia Silva de Oliveira
Convocante

Rua Sebastiao Archer, 1970, bairro São José, Chapadinha, Maranhão – CEP: 65.500-000

                SEDE PROVISORIA

terça-feira, 16 de abril de 2019

Cadastro para certificação de Pontos e Pontões de Cultura cresce 342% em 2018

Aumento de procura justifica-se pela chancela institucional e busca por financiamento público das atividades promovidas pelas instituições



O canto das Ganhadeiras de Itapuã, em Salvador, ecoa desde março de 2004. Situado no famoso bairro poetizado por Toquinho e Vinicius de Moraes, o coletivo resgata tradições do tempo da escravidão, quando as chamadas escravas de ganho saíam pela capital baiana para mercar quitutes e aumentar a renda da Casa Grande. A expressão cultural tem reconhecido valor artístico, mas só no ano passado a instituição tornou-se Ponto de Cultura, certificado nacionalmente, tornando-se apto a integrar a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania. Em 2018, 469 instituições se tornaram aptas para avaliação, o que equivale a um crescimento de 342% em relação a 2017.


O grupo Sem Pantim, da Baixada Santista, também certificou-se como Ponto de Cultura em 2018. Localizada no bairro Vila Ema, na cidade de São Vicente, a instituição, capitaneada por Mestre Pires, mantém viva a chama da tradição dos folguedos e do folclore nordestino, como maracatus, coco, ciranda, caboclinho, xote, xaxado, baião e arrasta-pé. É um trabalho que envolve a comunidade, preserva a identidade e o pertencimento dos migrantes nordestinos e descendentes afro-brasileiros. Entre as atividades, o grupo realiza gratuitamente oficinas de música e dança de ritmos tradicionais.

“O registro como Ponto de Cultura vem certificar 12 anos de trabalho sociocultural árduo. Essa certificação vem nos prestigiar com muita honra. Dá uma credibilidade perante a comunidade para a atividade que desenvolvemos. Hoje, a gente consegue inserir as crianças e, agora, os pais. Estamos na luta, estamos no motor”, destaca Mestre Pires.

Chancela institucional

Alguns motivos justificam o crescimento na busca pelo registro de Ponto ou Pontão de Cultura. O primeiro deles é a chancela institucional que o grupo obtém, o que pode ser um importante instrumento para obtenção de apoios e parcerias com os poderes municipal, estadual e federal e a sociedade civil. “Os instrumentos de fomento para os Pontos de Cultura podem ser prêmios, bolsas ou até mesmo o Termo de Compromisso Cultural, conhecido como TCC, esse instrumento específico de repasse de recursos da Política Nacional de Cultura Viva”, explica o secretário da Diversidade Cultural da Secretaria Especial da Cultura, Gustavo Carvalho Amaral.
Nas Ganhadeiras de Itapuã, o compositor, produtor cultural e diretor financeiro Edvaldo Borges conta que tem anexado o certificado de Ponto de Cultura em todas as novas propostas de apoio e patrocínio cultural. “Fizemos o registro simplificado na plataforma e recebemos a chancela. Agora, precisamos nos apropriar das informações para entendermos os benefícios em estar em rede”, destaca Borges, revelando que, ainda neste semestre, o grupo grava o primeiro DVD com apoio do programa Natura Musical.

Políticas públicas

O reconhecimento por parte da Secretaria Especial da Cultura ratifica a ação cultural continuada já desenvolvida por uma instituição ou coletivo cultural. A certificação permite que a entidade ou coletivo se articule com os outros Pontos e Pontões da Rede Cultura Viva, a partir de afinidades temáticas ou do pertencimento a um território. “Na prática, essas iniciativas já são reconhecidas pela sua comunidade como Pontos e Pontões de Cultura antes de serem certificadas formalmente, pelo diálogo que estabelecem com a sua comunidade em relação à sua capacidade de atuação social e também transformação do território”, reconhece Amaral.
O preenchimento do cadastro na plataforma do Cultura Viva está facilitado. Não é obrigatório ter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) – coletivos culturais representados por uma pessoa física também podem se inscrever no endereço http://culturaviva.gov.br/. Após preencher os dados e enviar os formulários para avaliação, caso aprovado pela Comissão de Certificação Simplificada de Pontos e Pontões de Cultura, a entidade ou coletivo poderá fazer parte da Rede Cultura Viva. “Por meio da plataforma, a entidade ou coletivo estará mais conectado a pessoas e iniciativas que possuem a mesma vontade de produzir, possibilitando uma articulação para criar alternativas de vida e de trabalho empreendedor no campo da cultura”, observa Amaral.
Para a Secretaria Especial da Cultura, o mapeamento das entidades e coletivos certificados como Ponto/Pontão de Cultura permite a identificação do território onde ocorrem as atividades nas comunidades, além de informações sobre atuação, processos e experiências culturais. Essas informações funcionam como base de dados para algumas metas do Plano Nacional de Cultura (PNC). “A plataforma da rede Cultura Viva é uma base de dados estratégica de fortificação do Sistema Nacional de Cultura e responsável por alimentar algumas das principais metas do Plano de Cultura, o nosso PNC”, aponta o secretário.

Glossário

Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura – Base de dados integrada por entidades culturais e coletivos culturais que possuam certificação simplificada concedida pelo Ministério da Cidadania.
Certificação Simplificada – Titulação concedida pelo Ministério da Cidadania a entidades culturais, coletivos culturais e instituições públicas de ensino, com o objetivo de reconhecê-las como Pontos ou Pontões de Cultura.
Plano Nacional de Cultura (PNC) – Conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, estratégias e metas que devem orientar o poder público na formulação de políticas culturais. Previsto no artigo 215 da Constituição Federal, o Plano foi criado pela Lei n° 12.343/2010. A Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania é responsável por coordenar a implantação do PNC, monitorando a execução do Plano.
Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) – É a primeira política cultural de base comunitária do Sistema Nacional de Cultura com capacidade de atuação social e transformação do território que concretiza o dever constitucional do Estado de garantir o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional ao cidadão.
Pontos de Cultura – Entidades jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, grupos ou coletivos sem constituição jurídica, de natureza ou finalidade cultural, que desenvolvam e articulem atividades culturais em suas comunidades;
Pontões de Cultura – Entidades com constituição jurídica, de natureza/finalidade cultural e/ou educativa, que desenvolvam, acompanhem e articulem atividades culturais, em parceria com as redes regionais, identitárias e temáticas de Pontos de Cultura e outras redes temáticas, que se destinam à mobilização, à troca de experiências, ao desenvolvimento de ações conjuntas com governos locais e à articulação entre os diferentes Pontos de Cultura que poderão se agrupar em nível estadual e/ou regional ou por áreas temáticas de interesse comum, visando a capacitação, o mapeamento e ações conjuntas.
Rede Cultura Viva – Conjunto de todos os Pontos e Pontões de Cultura, órgãos públicos envolvidos na política, instâncias de participação, em âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, instituições parceiras, gestores públicos, lideranças, grupos, coletivos e redes, em âmbito nacional e internacional, com atuação solidária e de cooperação em rede de bens, serviços, tecnologias e conhecimentos, que atuam em prol da cidadania e da diversidade cultural e tenham sido contemplados por ações vinculadas à Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), ou que sejam parceiros na execução dessas ações.
Sistema Nacional de Cultura (SNC) – Encontra-se descrito no artigo 216-A da Constituição Federal. Por meio dele, a União, estados, o Distrito Federal e municípios atuam no planejamento e gestão compartilhados das políticas culturais.
Publicado em: Última modificação: 
Saiba mais sobreAs Ganhadeiras de Itapuã
http://ganhadeirasdeitapua.blogspot.com/p/historia.html

Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Especulação imobiliária ameaça os Lençóis Maranhenses


Pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) divulgaram um estudo de 56 páginas para refutar o Projeto de Lei do senador Roberto Rocha (PSDB), que propõe alterar os limites do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses para “promover o turismo sustentável”. O documento alega que a nova demarcação expõe a região ao assédio dos especuladores imobiliários e retira as terras do patrimônio da União, passando-as gradativamente ao setor privado.
Rocha alega no PL que a simplicidade na maneira como foi feita a demarcação em 1981, quando o Parque foi criado, comprometeu o desenvolvimento de núcleos urbanos naquela região. “A inclusão indevida de comunidades no Parque causou problemas graves, como a proibição da construção de equipamentos públicos sociais essenciais à população, a exemplo de escolas e unidades de saúde, e impediu a instalação de empreendimentos como restaurantes, pousadas e hotéis, numa região cuja vocação econômica é justamente o turismo”, afirma trecho do documento, que não apresenta embasamento teórico.

Um comparativo com demarcação do Parque Nacional e a nova proposta (Foto: Divulgação/UFMA).
Em um trabalho minucioso os cientistas da UFMA, entre antropólogos, biólogos, geógrafos, advogados, apontam equívocos no Projeto do senador. Segundo eles, apesar de alegar preocupação ambiental, Rocha “não leva em conta os direitos dos principais atores que ele desejar favorecer”.
Uma das argumentações dos pesquisadores é que as comunidades serão excluídas dos limites do Parque, transformando-se em reféns da especulação imobiliária. “Essas áreas serão objeto de grande cobiça e especulação, não apenas para grandes empreendimentos turísticos, mas para instalação de casas e sítios de veraneio”.
A região dos Lençóis Maranhenses já esteve mais de uma vez na justiça por causa de construções irregulares que foram condenadas pela justiça à demolição. Agora, segundo o estudo da UFMA, o Projeto de Roberto Rocha se preocupa em primeiro lugar com questões econômicas do que ambientais ou sociais. “Longe de apresentar propostas que contemplem, de forma preponderante, a proteção da natureza e a organização social e econômica das famílias, o projeto de lei enfatiza as possibilidades de negócios relativos ao que denomina de “turismo sustentável”, uma expressão bastante vazia, pois não especifica qual sustentabilidade estaria em jogo nessas atividades de recepção de turistas no Parque”.
Os pesquisadores propõem ainda que a pauta seja suspensa temporariamente para que estudos científicos sejam realizados e apresentados por especialistas de distintas áreas, com o objetivo de subsidiar o debate; que as populações tradicionais do Parque sejam consultadas sobre o tema; que, apesar de complexa, que seja feita uma base cartográfica sobre a região; e que algumas áreas onde vivem comunidades tradicionais, ao invés de serem retiradas do Parque, que sejam recategorizadas.
Nesta quarta-feira (03/04/2018), a Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado aprovou requerimentos para a realização de audiência pública com o objetivo de esclarecer o projeto. Atualmente, o Parque Nacional é um dos principais roteiros turísticos do mundo. Recentemente, ele foi indicado por revistas internacionais como o “paraíso escondido” que merece ser visitado.
Procurado através de sua assessoria de imprensa, o senador Roberto Rocha não respondeu até a publicação desta reportagem.

Por: Saulo Marino